sexta-feira, 15 de julho de 2011

Hiperbalada

Nós vivemos sobre uma montanha
Bem lá no topo
Tem uma linda vista
Lá do alto da montanha
Todas as manhãs eu caminho pela borda
E jogo coisinhas pequenas lá em baixo
Tipo pedaços de carros, garrafas e talheres
Ou qualquer coisa que eu encontrei caída pelo chão

Isso se tornou um hábito
Um jeito de começar o dia

Eu passo por tudo isso
Antes de que tu acordes
Então eu posso me sentir mais feliz
De estar a salvo contigo aqui em cima

É realmente muito cedo
Ninguém está acordado
Eu estou de volta ao meu penhasco
Ainda atirando coisas
Eu ouço o som que eles fazem
Em seu caminho até lá embaixo
Eu os sigo com meus olhos até baterem
E imagino que barulho meu corpo faria
Batendo violentamente contra aquelas pedras

E quando ele aterrissar
Meus olhos estarão abertos ou fechados?

Eu passo por tudo isso
Antes de que tu acordes
Então eu posso em sentir mais feliz
De estar aqui em cima à salvo contigo

~

Tradução livre de "Hyperballad" da exceletíssima Björk. Por mim. Para meu sempre amor EECR, Tito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A hipocrisia dos comedores de putas

Vivemos em uma sociedade de HIPÓCRITAS onde frustrados pagam para comer putas, gozam... fazem o que querem. Mas têm a CARA DE PAU de encher a boca para xingar alguém de puta. Tsc, tsc, tsc... será que as pessoas perderam a vergonha? É a mesma coisa que ter uma perna mais curta que a outra e usar muletas para se locomover melhor, mas dizer que elas não servem para nada. HIPÓCRITAS! Bando de filhos da puta casados, traidores, hipócritas e preconceituosos! Por isso eu só tenho um desejo a cada um desses: que a filha de cada um se torne uma prostituta daquelas, sabe... que cobram 2 reais uma hora. E um recado: METAM A PORRA DOS DEDOS NO CU!

Aos mais certos que sã tão corretinhos, tão imaculados e são da igreja e para os que acreditam em contos de fadas a Bíblia diz em Coríntios 6:18 “Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.” E em Mateus 5:28 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” FikDik, babaca!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu 'tou tentando


Sim, eu sou dramático, eu sou escandaloso, agitado e chamo atenção demais. Não consigo ficar parado, focar e nem trabalhar muito tempo na mesma coisa. Mas o que fazer... esse sou eu. Como diz o Daniel... "Esse é o Renan", e? Eu choro quando não devo, rio quando não posso, sou amorfo, sou deformado e meus desejos igualmente. Tanto quanto. Nunca consigo seguir minhas metas e me canso rápido demais, enjôo. Meu jeito nunca condiz com minha condição. Amo intensamente, numa intensidade exagerada e sinceramente... intensamente demais. Meus vôos são os mais altos, logo minhas quedas as que mais doloridas. Mas esse sou eu, quem não pode me aceitar, não aceite. É difícil demais, eu sei... eu ainda ‘tou tentando. Mas eu juro: eu ‘tou tentando.

~

Todavía me aferro a … como un hierro caliente. Me hice tan resistente al dolor y a la decepción últimamente. “Que ya las acepto”.

domingo, 29 de maio de 2011

Mais um domingo frio

Mais um domingo frio... muito frio... e eu aqui sozinho. Sozinho e decepcionado. Está mais frio que o normal, é raro eu reclamar, mas estou morrendo de frio... me agasalhei, comi algo quente e agora estou na frente do ventilador... sinto que minha cabeça começa a doer... devo estar ficando gripado ou com sinusite, mas quem se importa? Eu não. Nas luzes apagadas: um clarão, segue a escuridão, mais um: escuridão. Sou eu quem abre a porta da geladeira, abro e fecho e não encontro nada que me apeteça. Abro e fecho as portas da minha vida e não encontro nada que me apeteça. Tento não fechar portas... mas por tentar mantê-las todas abertas, no final, no final... quando venta nenhuma fica e eu só ouço as porradas, todas se fechando: uma a uma. Minha vida 'tá fechando, minha cabeça tá me matando e eu sei que posso fazer melhor, mas no momento não consigo.

~

Me fazer de forte quando eu não consigo nem mais ficar em pé... acaba comigo: mais e mais, pouco a pouco. Eu só quero deitar um instante. Um instante.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu espero...

E eu espero para chorar quanto tudo isso acabar. Mas acabar mesmo, não como acabamos, rompendo o ouro e mantendo o latão! Eu não vou esperar entrar no chuveiro para chorar... afinal: eu não choro... salvo quando vejo filmes de animação infantil. Eu chorei até secar... e isso já faz tanto tempo que eu nem preciso lembrar, ninguém precisa saber. Minhas vitórias... minhas derrotas... minhas reticências afinal... ao final! Meu tarô me disse que eu deveria acabar com tudo... minha mente me diz o mesmo, meu coração pede para agüentar mais um pouco... mas toda dor tem limite, toda teimosia tem seu fim. Eu preciso aprender a me resignar, a aceitar, a ser um pouco menos egoísta. Porque a desculpa para ser egoísta é exatamente a de fugir do egoísmo. Fingimos estar apenas ajudando, quando estamos mantendo cada peça onde queremos que ela esteja. Damos abrigo na tentativa desesperada de mantê-los conosco. Somos humanos, somos assim... egoístas, quentes, mas ainda assim, calculistas.

Estirando-me ao máximo... até sentir o último tendão e o último músculo arrebentando.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Hoje não tem título

Hoje ‘tá sendo um dia daqueles que eu tenho milhares de coisas para fazer, mas não consigo fazer nada, simplesmente não consigo! Então eu me sento olhando o vazio, a parede branca por horas, me sinto infrutífero e isso também me mata aos poucos...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Deixa p’ra lá...

E eu quero desesperadamente um anjo de paz. E eu quero desesperadamente descansar e parar de estirar cada músculo e tendão e carne do meu corpo ao extremo e retorcê-lo para fazer caber na caixinha de lembranças de um bruto que atira cada carta o chão. Quero ser mais que a lembrança do homem moleque sorrindo com uma xícara gigante na mão. Eu quero um clichê! Eu PRECISO de um clichê! Um calmante, um tranqüilizante, um tapa na cara que me tire do frenesi, uma porrada que me arranque um par de dentes e me ponha de rabo na lama e pés no chão. O que eu faço vivendo a vida de outro? O quê eu faço criando um outro eu que nunca será eu?! O QUÊ?! Ando com um demônio no corpo que me deixa mal-humorado, irritado, aquenturado e três pomba-giras que me deixam ninfomaníaco e me viciam em drogas... cada vez mais pesadas... sinceramente já nem sei onde vou parar! Lascia... lascia... deixa pra lá.
~
E eu ando chorando pencas com "Alguien más" da Belinda... e eu falei que estou estudando Tupi? Sim... quando estou em depressão procuro ocupar meu tempo com coisas... inúteis(?).

sábado, 12 de março de 2011

Meu céu

O meu céu ‘tá cheio de pássaros e o meu túmulo ‘tá cheio de flores.  Meu coração ‘tá cheio de mágoas, mas eu já nem me importo, eu já não ligo. Eu me drogo, eu me inebrio no breu do meu ser, uso minhas drogas mais pesada: minha euforia, minha depressão. E eu grito e eu choro e eu morro e eu me calo. Todos sabem: eu não sou normal.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Medo

E tu me pões em estado de emergência: alerta vermelho. Com uma mirada muda o ritmo do meu coração. E é incrível como eu ainda, ao ver-te, fico nervoso. Minhas perguntas são por medo. Medo! Entende! Se  pergunto se me amas, se pergunto se me queres é porque agora eu tenho medo, muito medo de te perder. E se tu não me amasses mais? O quê eu faria? As perguntas já seriam inúteis, mas não saem da minha cabeça. O engraçado era que antes quem ficava nervoso ao ver-me eras tu, quem dizia que ao ser surpreendido por mim ficava nervoso e sentia as pernas tremendo de leve, mas disfarçava a vontade de vir correndo me abraçar eras tu... agora sou eu. Talvez eu não tenha sido o melhor, mas tenho medo de que teus beijos fiquem e tu te vás... muito medo de não conseguir me achar sem ti. Sei que posso ter falhado, já nem sei se fui eu, se foste tu, se não foi ninguém, se foi Deus... mas tenho medo, muito medo! E tu sabes que por ti... deixei-me, dobrei-me e chorei, joguei fora meu orgulho de homem, minha pose de forte, meu desejo de fugir... mas e agora? O que eu tenho? Medo... é isso que eu tenho. Não que seja tua culpa, mas também não que seja minha... já não sei e começo a nem querer saber... sabe... eu tenho medo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fogo em pele


Eu sinto e queima e dá prazer. Fogo líquido na minha pele, fogo que escorre da tua boca. Fogo do teu gemido e da tua porrada, do teu gozo e da tua destruição. Porque nós destruímos. Tu me destróis e eu te destruo: é assim, sempre foi! Um gemido abafado na areia, corpos nus e desejos, apenas desejos. A água fervendo de gozar, o líquido que sai, fluído, os fluidos! Eu gemo, eu fido, eu rio! E tu, que fazes tu?

Agente Laranja

O Agente Laranja em si não é tóxico, é apenas uma mistura de dois herbicidas que tem a finalidade de desfolhar plantas, mas com a pressa da produção em massa na época da guerra do Vietnã houve uma contaminação com um subproduto da reação: uma dioxina altamente cancerígena e teratogênica que gera problemas no país até os dias de hoje.
~
Você sabe... você é meu Agente Laranja. Caindo do alto, tirando-me as folhas e enchendo-me de câncer. Eu ainda ouço os gritos: “Mate o câncer!”, “Kill the cancer!”. Eu escrevi na minha mão, mas isso não me adianta, não me basta. Ver meu corpo nu coberto de feridas: assistir ao câncer em metástase não me gera forças, não consigo me afastar, já não posso. Um coração cancerígeno: oncomaníaco! Oncômano! Câncer! Câncer! Câncer! Você sabe... essa é nossa troca. Eu, elemento instável, decaindo aos poucos, decadente. Você, dioxina mutando-me célula a célula. Câncer por câncer: nossa rotina. Nosso dia-a-dia. Assim como feijão com arroz, nosso males nos nutrem, nos unem, quase siameses, quase desesperados. Você é meu câncer inseparável e eu sei: sou o mesmo para você.

segunda-feira, 7 de março de 2011

I need a hero.

Sim, eu preciso de um herói... ou de (uma) heroína, sei lá! E eu deixo BEM claro que não me refiro a namorado(a) ou qualquer coisa do tipo, qualquer tipo de relação afetiva! E eu fico com um bolo na garganta, querendo externar o quê eu poderia pôr para fora escrevendo, mas de quê me adianta escrever se não vão ler? Se nem ao menos eu poderia postar aqui, pois quem não PODE ler o que eu escreveria, leria se eu o fizesse?! Desesperador, não? E eu não sou esse tipo de pessoa, não! Eu sou um comunicador, eu sou um símbolo intenso de fogo, eu vim para dizer! Eu vim para comunicar! Para pôr para fora... mas eu sou sensível e tenho medo de ferir as pessoas... e eu sou egoísta e tenho medo de me ferir... e isso tem um preço! E isso é um problema! Eu estou desesperado, estou a ponto de enlouquecer... mas enlouquecer mesmo! Nada de sentidos figurados, sinceramente pensando em meter minha cabeça, meter-me em alguma casa de repouso ou meter-me a cara nas drogas pesadas! Já nem sei o que fazer nem o que pensar e nem COMO pensar! Será que eu estou mais sozinho quando mais preciso de alguém... ou mais preciso de alguém quando estou mais sozinho? Não sei, só sei que não importa muito quem esteja comigo, mas continuo sentindo-me sozinho... tão brega isso, não? Tão batido... mas os clichês só são clichês, pois muita gente se sente assim... um ditado de sofrimento clichê só se torna um clichê porque muita gente sofre assim. Eu discordo que a depressão seja o mal deste século! Acho que sempre tenha sido... sabe?! Eu acredito que as pessoas nunca foram felizes... e acho que não podem ser. Assim como não acredito que eu possa ser algum dia feliz... ou encontrar o amor ideal, sabe... acho que isso.. de coisas ideais... são irreais, surreais... como na física, não existem condições ideais, gases idéias... o ideal é utopia... e utopia é inalcançável!
 

 
Sabe... eu ainda me sinto especial... mas não que especial seja diferente... ou especial! Ainda me sinto como na música da Alanis, sabe... “I’m a sweet piece of work... treated like a rose...when I’m an Orchid”.