quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O recomeço

Um blog. Um novo blog. Depois de dezenas de blogs que criei e abandonei até desistir deles ao longo de minha infância/adolescência, agora que sou quase adulto (?) volto a criar um. Não creio que eu o vá levar tão adiante... não sei! Talvez se torne como um Orkut, algo que não me importa muito, mas que não consigo abandonar de vez. Só sei que ando sentindo uma ânsia de viver, uma ânsia absurda de viver e eu sei que minha ânsias de viver (que estão sempre erradas e provavelmente terminarão em overdoses de drogas pesadas ou uma boa infecção por SIDA) só são acalmadas (levemente) ao escrever, ao desenhar ou ao chorar, como eu dificilmente choro quando devo (só tenho chorando assistindo filmes animados infantis), que tal voltar a escrever? Desenhar dá muito trabalho, deixo isso para o Ernesto. Depois de levemente estimulado pela Mayara, que sem saber despertou algo que nem eu havia percebido que estava criando raízes, assim como varizes, sabe... que vão se espalhando e se aprofundando e abrindo espaço à força, rachando o chão e derrubando paredes. Vocês sabem como são as plantas, não sabem... se não podem crescer de um lado, forçam para o outro, o que importa é conseguir água e luz. Senão se tornam esbranquiçadas, frágeis e retorcidas até morrer, mas não sem antes lutar desesperadamente e destruir o que puderem, o clássico “morro, mas levo comigo (mato) o máximo que puder”. E acredito piamente que escrevendo eu vou poder deixar essa “planta” crescer para cima e em vez de derrubar as paredes, talvez enfeitar um pouco da minha cidade interna e não demolí-la. Bem, acho que é isso... e termino com a frase que anda me perseguindo sempre e sempre desde que tudo terminou, desde o meu último colapso interno: “recomeço daqui: confuso, mas feliz”.

2 comentários:

  1. Renan, suas saudades são recíprocas. Sabe, hoje resolvi visitar seu blog, reler seus textos, conhecer esse novo estilo. E isso me fez pensar muito em você; relembrar nossa convivência. Reconhecer você. Vim até aqui para matar a saudade do meu Renanzinho....mas achei que está faltando nos seus textos o brilho dos seus olhos. Não reconheço aqui suas risadas, não encontro aqui seus imensos braços acolhedores. Mas, como uma boa admiradora de seres humanos, entre uma vírgula e outra, ainda encontro o menino Renan com seus patins e com uma grande capa de menino rebelde. A capa é imensa, mas ela não conseguiu até hoje esconder essa pessoa maravilhosa que é você. Já sabe onde me encontrar né? Às vezes, precisamos reencontrar nossas raízes para que tudo se acerte. Um grande beijo! Te adoro!

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